segunda-feira, fevereiro 11, 2019

ACIDENTE: Empresa dona de helicóptero que transportava Boechat não podia fazer táxi aéreo, diz Anac


Agência diz que aeronave só podia prestar serviços de reportagem aérea e qualquer outra atividade não poderia ser realizada. Anac abriu investigação. 

Por G1 SP 


Helicóptero prefixo PT-HPG que se acidentou na Anhanguera — Foto: Matheus Herrera/Arquivo pessoal 

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde desta segunda-feira (11), em que o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci morreram, não podia fazer táxi aéreo, mas sim prestar serviços de reportagem aérea. 

A agência abriu procedimento administrativo para apurar o tipo de transporte que estava sendo feito. 

" A aeronave de matrícula PT-HPG, acidentada hoje, em São Paulo, era operada e pertencia à empresa RQ Serviços Aéreos Especializados LTDA. A empresa possui autorização da ANAC para prestar Serviços Aéreos Especializados (SAE), que incluem aerofotografia, aeroreportagem, aerofilmagem, entre outros do mesmo ramo. A aeronave acidentada também estava certificada na categoria SAE. Qualquer outra atividade remunerada fora das mencionadas não poderia ser prestada. Tendo em vista essas informações, a ANAC abriu procedimento administrativo para apurar o tipo de transporte que estava sendo realizado no momento do acidente", diz a nota. 

Investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica, também abriram investigação sobre a queda

Depois de apresentar jornal na Band News FM, na capital paulista, Boechat seguiu para um evento organizado para uma indústria farmacêutica, em um hotel em Campinas, no interior de São Paulo. 

O helicóptero saiu de Campinas às 11h45, no interior do estado, onde Boechat participou nesta manhã de um evento, e seguia em direção à sede do Grupo Bandeirantes, no Morumbi, Zona Sul . A queda ocorreu na rodovia Anhanguera, próximo ao Rodoanel: a aeronave bateu na parte dianteira de um caminhão que transitava pela via. Segundo testemunhas, o piloto tentava fazer um pouso de emergência. 

"De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), a aeronave estava com o Certificado de Aeronavegabilidade válido, bem como a Inspeção Anual de Manutenção, ou seja, em situação regular", diz nota da Anac. 

A RQ Serviços Aéreos foi contratada pela Zum Brasil, que por sua vez foi contratada pela farmacêutica Libbs pra organizar o evento em Campinas. 

Em nota, a Libbs fala sobre o convite ao jornalista. 

"Todos nós da empresa estamos profundamente consternados com o falecimento do querido Ricardo Boechat, ícone e referência internacional do jornalismo. Ele foi convidado para participar de nossa convenção, em Campinas, neste dia 11, e, como é comum em suas aparições, abrilhantou e fortaleceu a relevância do nosso encontro. Durante 40 minutos ele esteve conosco em um bate-papo no qual imprimiu seu estilo, sempre autêntico e verdadeiro. Lamentamos igualmente o falecimento do piloto Ronaldo Quattrucci e estamos inteiramente solidários à dor das famílias. Todas as atividades do dia foram canceladas. Estamos aguardando informações oficiais sobre o ocorrido e seguimos à disposição para cooperar com mais informações", diz a nota. 

Mapa mostra local onde helicóptero caiu na Rodovia Anhanguera — Foto: Wagner Magalhães/G1 
Modelo do helicóptero 

A aeronave era um Bell Helicopter fabricada em 1975. Com capacidade para cinco pessoas, sendo um piloto e quatro passageiros, esse modelo de helicóptero é considerado seguro. O proprietário do helicóptero é a empresa RQ Serviços Aéreos Especializados Ltda, do piloto, que morreu na queda. 

Segundo o site da empresa proprietária, a aeronave tem um alcance de 500 km e velocidade de 170 km por hora. De acordo com o site da Anac, o peso máximo de decolagem é de 1.247 quilos. 
Perfil 

Filho de diplomata, Ricardo Eugênio Boechat nasceu em 13 de julho de 1952, em Buenos Aires. O pai estava a serviço do Ministério das Relações Exteriores na Argentina. 

Boechat era recordista de vitórias no Prêmio Comunique-se – e o único a ganhar em três categorias diferentes (Âncora de Rádio, Colunista de Notícia e Âncora de TV). 

Em pesquisa do site Jornalistas & Cia em 2014, que listou cem profissionais do setor, Boechat foi eleito o jornalista mais admirado. Ele lançou em 1998 o livro “Copacabana Palace – Um hotel e sua história” (DBA). 

O jornalista deixa a mulher, Veruska, e seis filhos.

Ricardo Boechat, jornalista, morre aos 66 anos em queda de helicóptero em SP


Ricardo Boechat, em foto de março de 2006 — Foto: José Patrício/Estadão Conteúdo/Arquivo

Jornalista era apresentador do Jornal da Band e da rádio BandNews FM. Aeronave bateu na parte dianteira de um caminhão que transitava pela Rodovia Anhanguera.

Por G1 SP


O jornalista, apresentador e radialista Ricardo Eugênio Boechat morreu no início da tarde desta segunda-feira (11), aos 66 anos, em São Paulo.


Boechat era apresentador do Jornal da Band e da rádio BandNews FM e colunista da revista "IstoÉ". Ele trabalhou nos jornais “O Globo”, “O Dia”, “O Estado de S. Paulo” e “Jornal do Brasil”.

Na década de 1990, teve uma coluna diária no "Bom Dia Brasil", na TV Globo, e trabalhou no "Jornal da Globo". Foi ainda diretor de jornalismo da Band e teve passagem pelo SBT.


Perfil

Filho de diplomata, Ricardo Eugênio Boechat nasceu em 13 de julho de 1952, em Buenos Aires. O pai estava a serviço do Ministério das Relações Exteriores na Argentina.

Boechat era recordista de vitórias no Prêmio Comunique-se – e o único a ganhar em três categorias diferentes (Âncora de Rádio, Colunista de Notícia e Âncora de TV).

Em pesquisa do site Jornalistas & Cia em 2014, que listou cem profissionais do setor, Boechat foi eleito o jornalista mais admirado. Ele lançou em 1998 o livro “Copacabana Palace – Um hotel e sua história” (DBA).
O jornalista deixa a mulher, Veruska, e seis filhos.

Começo da carreira

Boechat começou a trabalhar assim que deixou a escola, na virada de 1969 para 1970, após um período de militância em que fez parte do quadro de base do Partido Comunista em Niterói (RJ).

O pai de uma amiga, diretor comercial do "Diário de Notícias", foi quem o convidou.

"Note que eu mal batia à máquina, não tinha noção de rigorosamente nada. Tinha morado a vida inteira em Niterói. O Rio de Janeiro para mim era o exterior", comentou ao site Memória Globo (leia o depoimento completo).

Um de seus primeiros textos foi uma nota exclusiva sobre Pelé, que lhe garantiu mais espaço no jornal.

Depois, Boechat passou a escrever na coluna de Ibrahim Sued (1924-1995), no mesmo "Diário de Notícias". Ele considerava o período de 14 anos em que trabalhou com Sued como decisivo para sua "formação como repórter".

"Eu pude ter uma escola na qual a doutrina era procurar informações, e por trás de mim o primeiro e maior dos pitbulls que eu já conheci, que era ele, rosnando no meu ouvido 24 horas por dia."



Ricardo Boechat em foto de arquivo da TV Globo — Foto: Acervo TV Globo

Boechat saiu em 1983, quando a coluna já era publicada em "O Globo", após uma briga com o titular. Mudou-se, então, para o "Jornal do Brasil", a convite do concorrente Zózimo Barroso do Amaral, tendo retornado a "O Globo" pouco depois, na coluna "Swann".

Em uma segunda passagem pelo jornal, que durou até 2001, foi titular de uma coluna que levava o seu nome.
Boechat deu uma palestra a representantes da indústria farmacêutica em Campinas, no interior do estado, na manhã desta segunda e retornava a São Paulo por volta das 12h. Ele deveria pousar no heliponto da Band, no Morumbi, Zona Sul da capital paulista.



O jornalista Ricardo Boechat em imagem de 2013 em Curitiba, no PR — Foto: Rodolfo Buhrer/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Anúncio na Band

José Luiz Datena, apresentador da TV Band, anunciou a morte do colega às 13h51 durante programação da emissora.

"Com profundo pesar, desses quase 50 anos de jornalismo, cabe a mim informar a vocês que o jornalista, amigo, pai de família, companheiro, que na última quarta, que eu vim aqui apresentar o jornal, me deu um beijo no rosto, fingido que ia cochichar alguma coisa, e, no fim, brincalhão como ele era, falou: 'É, bocão, eu só queria te dar um beijo'. Queria informar aos senhores que o maior âncora da televisão brasileira, o Ricardo Boechat, morreu hoje num acidente de helicóptero, no Rodoanel, aqui em São Paulo".



Reprodução da coluna de Ricardo Boechat de agosto de 2000 — Foto: Reprodução 


Piloto de helicóptero morto em acidente com Boechat era dono da empresa proprietária da aeronave


O piloto Ronaldo Quattrucci morreu no acidente que também matou o jornalista Ricardo Boechat — Foto: Reprodução/Redes sociais

Ronaldo Quattrucci tinha 56 anos e deixa dois filhos. Segundo associação de pilotos, ele 'seguiu à risca as doutrinas de segurança até o último momento'.

Por G1 SP

Ronaldo Quattrucci, o piloto morto no acidente que matou o jornalista Ricardo Boechat na tarde desta segunda-feira (11), era dono da empresa proprietária do helicóptero, a RQ Serviços Aéreos Especializados Ltda. Ronaldo tinha 56 anos e deixa dois filhos.

Segundo a Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero (Abraphe), Quattrucci "seguiu à risca as doutrinas de segurança até o último momento, na tentativa de preservar a vida da tripulação a bordo do helicóptero".

"Importante destacar, ainda, a experiência de quase duas décadas do comandante, as licenças regulares, bem como as características e potencial da aeronave que comandava", diz a nota.


Ronaldo Quattrucci, piloto morto em acidente com Boechat — Foto: Reprodução/Facebook

O helicóptero saiu de Campinas, no interior do estado, onde Boechat participou nesta manhã de um evento, e seguia em direção à sede do Grupo Bandeirantes, no Morumbi, Zona Sul . A queda ocorreu na rodovia Anhanguera, junto ao Rodoanel: a aeronave bateu na parte dianteira de um caminhão que transitava pela via.
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave, um Bell Helicopter prefixo PT-HPG, estava em situação regular, mas a empresa não tinha autorização para fazer táxi aéreo.


Investigadores chegam ao local do acidente em que caiu o helicóptero de Ricardo Boechat

"De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), a aeronave estava com o Certificado de Aeronavegabilidade válido, bem como a Inspeção Anual de Manutenção, ou seja, em situação regular", diz nota da Anac.

Segundo o site da RQ Serviços Aéreos , a aeronave tem um alcance de 500 km e velocidade de 170 km por hora. A frota da empresa ainda tem mais duas aeronaves, um Robinson R44 e um R22.

Mulher de Boechat posta foto em homenagem ao marido: 'Pior dia da minha vida'


Âncora da BandNews FM e do Jornal da Band morreu aos 66 anos após queda de helicóptero em São Paulo nesta segunda-feira (11).

Por G1 SP


'Pior dia da minha vida', escreveu a esposa de Boechat, Veruska Seibel, no Instagram — Foto: Reprodução/Instagram
"Pior dia da minha vida", escreveu Veruska Seibel, esposa do jornalista Ricardo Boechat, morto nesta segunda-feira (11) na queda de um helicóptero em São Paulo. Em sua conta no Instagram, Veruska postou uma foto do dia do casamento com Boechat.

O apresentador e radialista Ricardo Eugênio Boechat morreu aos 66 anos. Ele estava em um helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera, em São Paulo, e bateu na parte dianteira de um caminhão que transitava pela via. O piloto Ronaldo Quattrucci também morreu no acidente.

Boechat era apresentador do Jornal da Band e da rádio BandNews FM e colunista da revista "IstoÉ". Ele trabalhou nos jornais “O Globo”, “O Dia”, “O Estado de S. Paulo” e “Jornal do Brasil”.

Na década de 1990, teve uma coluna diária no "Bom Dia Brasil", na TV Globo, e trabalhou no "Jornal da Globo". Foi ainda diretor de jornalismo da Band e teve passagem pelo SBT.

Ele ganhou três vezes o Prêmio Esso, um dos principais do jornalismo brasileiro.

A morte do jornalista causou comoção entre políticos, personalidades e jornalistas.  

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